quarta-feira, 17 de setembro de 2014

QUE MUDANÇA NA SUÉCIA?

(adaptado de http://www.dn.se)

(Jean-Erik Ander – “Jeander”, http://www.cartoonmovement.com)

Houve eleições na Suécia neste último fim de semana. Os resultados são fáceis de explicar, mas difíceis em termos de poderem servir para que seja encontrada uma saída governativa viável. Com efeito, e no quadro de uma aparente e impressionante estabilidade, a única mudança aritmética significativa esteve nos 23 mais 5 votos perdidos pelos dois partidos no governo (os moderados e os liberais) em favor dos 29 ganhos pelos chamados “democratas suecos”.

Não obstante, e indo um pouco mais a fundo na análise, há apenas uma boa noticia contra duas más (sendo uma péssima): a boa é a despedida de Reinfeldt, sobretudo na medida em que se tratava de um aliado dos falcões europeus que assim em alguma medida alivia a cena em que estamos enquadrados; a pior é a confirmação de uma extrema-direita neofascista que dá mais um perigoso passo em frente e aqui se torna mesmo uma peça potencialmente charneira (aqueles 49 lugares conquistados...); a outra menos boa resulta daquela que parece ser cada vez mais a triste sina dos socialistas e social-democratas europeus, crescentemente obrigados à construção de complexos puzzles pós-eleitorais como aquele que Stefan Löfven já procura resolver – algo que deveria talvez levar a uma interrogação fundamental quanto às razões substantivas (em termos ideológicos e de proposta) deste impasse que se generaliza...


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