quarta-feira, 22 de outubro de 2014

QUEM PARA OS GASES CHINESES?


Vai sendo cada vez mais consciencializado quanto as questões ambientais interferem com os equilíbrios planetários e se repercutem na qualidade e sustentabilidade do desenvolvimento humano. É claro que falo de coisas sérias, muito sérias mesmo, e não de entreténs para português ver e as Finanças satisfazer, como acontece com a fiscalidade esverdeada inventada pelo nosso “ministrinho”.

Uma das dimensões mais preocupantes da equação ambiental à escala global, e que voltou ao centro das atenções com a recente conferência das Nações Unidas sobre o clima, é a que tem a ver com as emissões de CO2. Tais emissões atingiram um novo pico global no ano transato (36,1 mil milhões de toneladas), sendo de registar o facto de os quatro maiores países (ou grupos de países) emissores concentrarem 58% desse total. Mas tão ou mais importante do que este dado é a observação dos respetivos comportamentos ao longo do tempo – veja-se, por exemplo, a crescente divergência verificada a partir dos anos 80 entre a UE, mais zelosa no desenho e cumprimento de acordos internacionais (mesmo com prejuízo de uma fair competition), e os EUA, que só com Obama começaram a arrepiar algum caminho; veja-se ainda a configuração das curvas chinesa e indiana, esta já indiciando uma aproximação dos respetivos níveis aos europeus e aquela revelando uma evolução exponencial neste século XXI que contribuiu para tornar a China no maior emissor mundial, com já cerca de um terço do respetivo total e quase o dobro do valor das emissões americanas. Aqui fica o alerta...

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