quinta-feira, 6 de novembro de 2025

MAIS REAÇÕES À VITÓRIA PARCELAR DOS DEMOCRATAS

 

                        (Rostos para o ressurgimento Democrata, Gary Newsom, Califórnia)

(É muito interessante percorrer os jornais e blogues americanos à procura de interpretações sobre as vitórias alcançadas na terça-feira passada, objeto de posts do meu colega de blogue e de minha lavra. O significado vai além da mediática vitória do Mayor Zohran Mamdani em Nova Iorque, sendo curioso explorar o impacto dos resultados na relação Trump versus Republicanos. Esta dimensão diluíra-se com a cedência total do partido à ofensiva de Trump, deslumbrados com a vitória do Trump 2.0, mas talvez seja uma dimensão a reintroduzir nas análises. À boleia do sempre perspicaz Bradford DeLong, trago para aqui uma reflexão não menos perspicaz de Josh Marshall, que completa bastante o meu último post sobre a matéria. E outras virão, por certo.)

Citando:

Josh Marshall: A Few Day-After-the-Election Thoughts https://public.hey.com/p/qK6R86USmK6c6Hc8UyKALUHm

À medida que os resultados apareciam na noite passada, Trump surgiu na Truth Social e declarou que nada do que tinha acontecido era sua culpa. Os Republicados estavam a ser fustigados, insistiu, porque 1) ele não tinha estado nas urnas e 2) por causa do shutdown. Não ser minha culpa é típico de Trump. Mas … Donald Trump não irá mais às urnas (espero, comentário meu e não de Josh Marshall). E parece que concorda com a ideia de que o shutdown é um desastre para os Republicanos …

O maior impacto dos resultados da noite passada parece ser o colapso da negação coletiva em Washington da impopularidade de Trump …Ele tem muito poder. Ele pode destruir coisas. Aqui e no estrangeiro … A classe política leu perversamente o poder de Trump como popularidade … Mas não é assim que as coisas funcionam. Os comentários Democratas sobre se os Spanbergers (Virgínia) ou Mamdanis (Nova Iorque) têm futuro não me parecem ser a reflexão certa. Encontrem candidatos ligados aos seus constituintes e foquem-se nas questões do custo de vida e da oposição à autocracia de Trump. Ponto final. Não é mais complicado do que isto”.

Nestes dois simples parágrafos estão as raízes de um programa eleitoral para os Democratas.

E talvez não apenas para os Democratas americanos. Talvez também para toda a esquerda que pretende combater a onda populista de direita que grassa por aí.

 

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