Após um período em que as nossas autoridades recusaram a divulgação de dados relativos à situação atual da população estrangeira estabelecida em Portugal, apenas sublinhando quanto o aumento relativo da mesma era brutal nos tempos mais recentes, eis que finalmente o INE nos fornece elementos respeitantes a 2024. Com eles, construí alguns mapas e um gráfico que julgo esclarecedores e também elucidativos dos incrementos que vêm sendo observados. Acima, o mapa nacional com as cores mais carregadas a indiciarem os maiores pesos da população não nacional no total da população residente. Imediatamente abaixo, um gráfico que integra os 49 concelhos cuja percentagem de população estrangeira é superior à média nacional (14,4%), destacando-se o caso-limite de Odemira (68,7%), a concentração algarvia (sete concelhos nos oito primeiros lugares do ranking em questão), a importância do fenómeno na zona em redor de Lisboa (com a cidade-capital a já ultrapassar 35%) e a variabilidade registada em vários municípios antes menos atingidos (o Porto é um caso a salientar com os seus já 23%), entre outros. Por fim, os mapas mais abaixo permitem evidenciar mais claramente as concentrações geográficas em presença (seja focando os concelhos com valores superiores à média nacional, seja apontando aqueles que já se situam acima dos 10%). Uma matéria aqui hoje simplesmente indiciada mas quiçá merecedora de maior detalhe analítico em próximos posts.



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