Portugal acaba de vencer a Arménia por 9-1 e assim garantir o apuramento para o próximo Mundial, o que muito se terá ficado a dever ao facto de ter alinhado com 11 jogadores e não com os 9 de Quinta-Feira (Cristiano Ronaldo e João Félix estiveram em campo mas fazendo figura de corpo presente). Num dia de celebração, em que até Martínez inventou quase nada, opto aqui por corresponder e vos trazer dois gráficos curiosos que simplificadamente resumem um recente estudo publicado num Working Paper do NBER (National Bureau of Economic Research): “The Impacts of Romantic Relationships with the Boss” de David C. MacDonald, Jerry Montonen e Emily E. Nix. O tema é original e pleno de perigosidades de diversa ordem, embora também não deixe de conter um certo potencial de utilidade. Na sua essência, o que dele decorre são os custos visíveis associados a relações amorosas que sejam estabelecidas entre uma trabalhadora (uma secretária, para talvez mais bem dizer) e o respetivo chefe – o que parece ser, de acordo com inquéritos disponíveis, bastante frequente (p.e., um quarto dos americanos admite ter tido um romance de escritório). A análise limita-se à dimensão remuneratória, mas seria seguramente extensíveis a outros aspetos (funcionais e de progressão na carreira), e revela com clareza que a folha salarial melhora significativamente em favor da escolha por relação com os casos em que a trabalhadora tenha a sua relação íntima fora da empresa (ademais, como é da vida, tal benefício aumenta inicialmente e tende a ir caindo posteriormente), e que uma rotura amorosa subsequente impacta largamente na folha salarial da ex-escolhida contrariamente ao que ocorre na situação alternativa de a ex-parceira trabalhar fora da empresa. Fica o aviso, to whom it may concern...


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