Há pouco tempo atrás, uma crónica no “The Guardian” (imagem acima) explicitava com frontalidade a pura e dura realidade: não existiu qualquer vestígio de efetiva viragem (turning point) no modo substantivo como o mundo ocidental que resta – leia-se a União Europeia e o Reino Unido – enfrenta a criminosa guerra que vem sendo atiçada por Israel; exceto, acrescentava-se ainda, no discurso e nas palavras que o vento leva, o que não deixa de ser verdadeiramente escasso, seja para redimir esses nossos agentes e representantes seja para alterar o curso da história.
Desgraçadamente, estamos perante verdades como punhos – ou, pensando melhor, há ainda o caso triste dos alienados que se mantêm orgulhosamente alheios ao que os cerca (veja-se o elucidativo cartune abaixo, tradutor de uma das muitas formas possíveis de insensivelmente se viver a referida alienação). Enquanto isso, os bombardeamentos prosseguem sem dó nem piedade, e obviamente sem critérios mínimos de decência e legalidade, ao mesmo tempo que a tortura da fome avança a passos tremendos sem que seja autorizada e viabilizada alguma ajuda humanitária que se mostre útil e capaz de trazer algum sinal de esperança às populações afetadas – miséria de mundo este, onde impera a apatia e o silêncio perante a governação de gente sem escrúpulos e/ou sem coragem!
(Flavia Álvarez Pedrosa, “Flavita Banana”, https://elpais.com)
(Ricardo Martínez, http://www.elmundo.es)
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