sexta-feira, 11 de julho de 2025

UM REGALO PARA A VISTA!

(Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt) 

Está na sua reta final o Mundial de Clubes de Futebol. Realizado numa época do ano pouco adequada, sobretudo para os melhores clubes europeus, o certame foi um sucesso não estrondoso, com as equipas brasileiras a darem maior luta do que vaticinaria a perda de qualidade coletiva (tática e física) do respetivo futebol. Ainda assim, o plano desportivo ganhou expressão com as “jogatanas” do Paris Saint-Germain (PSG) nos Quartos-de-Final (2-0 ao Bayern de Munique) e nas Meias-Finais (4-0 ao Real Madrid em reconstrução por Xavi Alonso), fazendo adivinhar uma grande final no Domingo contra um Chelsea que também apareceu em bom nível e onde tem despontado o novo recruta João Pedro (vindo do Brighton), além dos excelentes médios que são Cole Palmer, Enzo Fernández e Moisés Caicedo e de Pedro Neto, Nkunku e Madueke mais à frente. 
 
O PSG que logrou nesta época o que nunca lograra antes com a aquisição de tudo quanto era craque (quem não recorda um trio atacante bilionário constituído por Messi, Neymar e Mbappé?) – designadamente a Liga dos Campeões pela primeira vez na sua história –, apostando num plantel menos recheado de nomes e mais equilibrado em termos de um misto de talento e vontade, onde pontuam quatro portugueses (Vitinha, João Neves, Nuno Mendes e Gonçalo Ramos) e várias outras estrelas em ascensão (o guarda-redes Donnarumma, os defesas Marquinhos e Hakimi, o médio Fabián Ruiz e os avançados Dembelé, Doué, Barcola e Kvaratskhelia, para só citar alguns), pratica atualmente o futebol mais esclarecido do mundo e começa a apresentar-se como um fenómeno de superioridade (Mbappé e seus companheiros que o digam!). O obreiro maior deste regalo à vista é seguramente o seu coach, Luis Enrique, agora refeito de um período azarado e difícil em matéria de vida pessoal e dos seus reflexos na dimensão profissional – um êxito mais do que merecido para um homem que se vai tornando o mais digno sucessor de Guardiola enquanto rei dos treinadores à escala mundial.

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