quarta-feira, 26 de novembro de 2025

O QUE VOLTA COM O REGRESSO DE PUJOL?

(Idígoras y Pachi, http://www.elmundo.es) 

Hoje deparei-me casualmente com a ilustração acima, a qual me conduziu a Jordi Pujol, o político que foi presidente da Generalitat da Catalunha durante quase um quarto de século e que então nos fez crer no bem fundado das autonomias para acabar a revelar o respetivo lado mau em direta ligação com os elementos de corrupção, nepotismo e ganância que frequentemente acompanham o poder tendencialmente absoluto. Pois Pujol ainda vive (95 anos) e o seu nome veio à tona devido ao anúncio de que o seu julgamento (conjuntamente com os seus sete filhos – conheci um deles de raspão numa reunião em que participei em  Barcelona e confesso que não apreciei a postura arrogante do dito – e mais uma dezena de outras personagens) – se vai iniciar em breve, a despeito de razões físicas e cognitivas já só permitirem que assista por videoconferência, decorrendo o mesmo na sequência de investigações criminais relacionadas com a ocultação de uma fortuna familiar e suspeitas de comissões na adjudicação de obras públicas, tecnicamente de uma acusação de associação ilícita, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e crimes contra as finanças espanholas. Mais um caso de justiça retardada que vai praticamente limitar-se a permitir a injusta condenação de um regime cujas natureza intrínseca e potencialidades estruturais pareciam imbuídas de incontestável mérito.

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