(Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt)
Já não suporto a lengalenga de Luís Marques Mendes (LMM) sobre a sua tremenda capacidade para fazer pontes e sobre a grande prioridade política nacional do momento que é a de se construírem pontes. Ontem, lançando uma Comissão de Honra em que Leonor Beleza volta a prestar um serviço enorme ao PSD e em que não arranjou melhor coadjuvantes do que o edil lisboeta que resistiu como gente grande a tsunami, apagões e incêndios e a octogenária viúva de Mário Castrim (que deve estar aos pulos no túmulo!), além da promessa de voto de Manuela Eanes, LMM insistiu na sua obstinação presidencial e até veio adiantar a novidade de que nomeará um jovem no Conselho de Estado (espera-se que não lhe esteja a passar pela cabeça a solução ultra-facilitista, do tipo “pior a emenda do que o soneto”, de convidar um desses inconcebíveis “jotinhas” que presidem às associações de estudantes ou respetivas federações). Tanto tempo de experiência política depois, esta gente que enche a boca com o quanto o país deles precisa ainda não percebeu o essencial: que “a malta” está farta da sua conversa, dos seus partidos e das suas receitas e que não basta vir à praça pública proclamar, como foi o caso também ontem de António José Seguro, que não são parte da cambada partidária que os portugueses abominam – não são? Neste quadro, a eleição de Gouveia e Melo está decidida e, goste-se ou não, bem entregue...
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