(cartoon de Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt)
Hoje venho aqui arriscar um prognóstico: Mário Centeno não será o escolhido, na próxima Quinta-Feira, para um novo mandato de governador do Banco de Portugal (BdP). Claro que me posso enganar – e disso pedirei, obviamente, as devidas desculpas a quem nos segue – mas o processo de nomeação e os seus últimos episódios tresandam a jogada politiqueira: após críticas que já se perdem no tempo sobre a passagem de Centeno do Goverrno para o BdP, depois das irritações que várias intervenções de Centeno provocaram em Sarmento e Montenegro, depois das alusões múltiplas ao mandato excessivamente político de um Centeno em busca de notoriedade para efeitos presidenciais ou em mera busca de fazer mossa ao regime laranja, eis que Montenegro faz passar num dia a ideia de que, afinal, até pode manter o ex-ministro das Finanças de Costa, assim correspondendo a uma exigência dita patriótica de José Luís Carneiro, e que a comunicação social, alertada pelo “Observador” e aprimorada na análise pelo especialista de Justiça e homem para todo o serviço alaranjado que é Luís Rosa, noticia no dia seguinte a existência de um “contrato de risco” assinado por Centeno em nome do BdP, alegadamente cheio de alçapões e enormes custos potenciais para o erário público. Aqui fica a minha aposta, portanto. Logo veremos se o meu palpite é certeiro ou se só estive a construir efabulações maldosas.

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