terça-feira, 1 de julho de 2025

ESTA EUROPA QUE TEMOS...

(Emilio Giannelli, http://www.corriere.it)

(Nicolas Vadot, http://www.levif.be)

A Cimeira da NATO, onde Mark Rutte esteve à sua máxima altura, trouxe novamente à baila a já estafada questão da governação europeia. Que, no entanto, nunca esteve a um nível tão baixo como no momento presente, exatamente aquele em que as circunstâncias geopolíticas mais requereriam alinhamento e estratégia para fazer face às inevitáveis consequências das enormidades sem nome de Trump, Putin e Netanyahu. O único elemento de alguma esperança que despontou nos tempos mais recentes foi o da chegada de Merz e do seu aparente pragmatismo e objetividade ao poder na Alemanha, mas tal estará longe de ser suficiente perante a fragilidade e periclitância de Macron e Sánchez, a complexa situação interna polaca, o oportunismo sem rumo de Meloni e os dominantes medos reinantes em alguns Estados membros a somar aos agentes duplos que controlam a Hungria e a Eslováquia. Um quadro que corresponde bem ao mix de impasse e quotidiano que impera em Bruxelas e condiz à perfeição com o marketing proclamatório mas essencialmente inconsequente da Presidente da Comissão e com a desenxabida postura política do Presidente do Conselho, este declarando evidências, papando quilómetros para manter a linha e inexistindo no essencial. Uma tragédia só enfrentável com unidade, coragem e desapego por parte dos agentes políticos instalados, o que de todo não se antecipa...

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