quarta-feira, 26 de outubro de 2011

OBSERVADOR METROPOLITANO ACIDENTAL


Permitam-me que partilhe convosco uma experiência de observador metropolitano acidental.
Missão programada: recuperar artefacto informático imprescindível, deixado por esquecimento em acção de formação para funcionários da Administração Local em Oliveira de Azeméis. Distância: Matosinhos-Oliveira de Azeméis e volta (cerca de 120 Kms, percorrendo espaços fundamentais da aglomeração metropolitana do Porto a norte e a sul. Oportunidade: testar a estrutura viária de alto débito e testar a sustentabilidade de uma decisão pessoal.
O teste realizado envolveu a utilização de eixos fundamentais (A4, A3, ligações metropolitanas e a novidade A32 (Vila Nova de Gaia – Oliveira de Azeméis). Não tentem encontrar mapa de traçado desta última na NET, creio que ainda não existe, tamanha é a novidade do empreendimento.
Missão cumprida: cerca de 1 hora e meia, em condições difíceis de chuva intensa e vento fortíssimo, com troços de muito deficiente pavimento em termos de absorção de chuva, velocidade adequada, com reduzida companhia de tráfego (A32, particularmente).
Questões de sustentabilidade: no plano pessoal, será melhor evitar esquecimentos deste tipo ou encontrar fórmulas mais sustentáveis de recuperar artefactos perdidos; no plano das infraestruturas e da conectividade viária, sem conhecer em pormenor condições de concessão de alguns dos troços portajados percorridos (fundamentais para um cálculo mais abrangente), não deixa de ser um indicador de grande fluidez, em dia climaticamente adverso, concretizar uma missão deste tipo no coração metropolitano nortenho numa hora e meia.
O que me leva a uma reflexão a desenvolver em contributos seguintes. Há um consenso generalizado de que se avançou excessivamente em termos de conectividade viária de alto débito, não só pelas condições de insustentabilidade financeira que se antevêem, mas sobretudo pelo lastro de constrangimento que a opção representa do ponto de vista da procura de soluções de maior sustentabilidade no plano da conexão intra-metropolitana. Mas a dotação está aí. Como tirar partido da mesma em termos metropolitanos?

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