Conhecida sobretudo por ter sido uma sobrevivente do Holocausto e um enorme ícone da luta pelos direitos das mulheres – definitivamente marcante foi aquele momento de 1974 em que, enquanto ministra da Saúde e ainda sob a liderança da Direita em França (era Giscard d’Estaing o presidente e Chirac o primeiro-ministro), defendeu o projeto de lei que despenalizou a interrupção voluntária da gravidez –, Simone Veil completaria 90 anos dentro de dias. Foi também uma insigne magistrada, a primeira mulher a presidir ao Parlamento Europeu (1979/82), uma regressada a funções governativas na qualidade de ministra de Balladur e alguém que terminou a sua carreira pública como membro do Conselho Constitucional durante quase uma década (de assinalar nesta aquela sua polémica intervenção enquanto defensora ativa do “sim” no referendo de 2005 ao Tratado Europeu). Simone passou por este mundo deixando a sua marca pessoal em termos de valores e convicções – saiu agora de cena mas fica a fazer parte de um grupo cada vez mais restrito de “gente que conta”!
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