Prossigo a recuperação de alguns temas perdidos. Desta vez, e como ciclicamente acontece, porque os temas escolhidos pelos dois parceiros que animam este blogue se voltaram a cruzar na cabeça de ambos, sendo que o meu companheiro se antecipou e fez as honras da casa a propósito do dissidente e prémio Nobel chinês Liu Xiaobo, recentemente falecido em condições indignas e vergonhosas para o contraditório regime instalado na República Popular da China.
Porém, e como já tinha algum material preparado para uma nota similar à dele, decidi manter a intenção de aqui o publicar, embora sem repetir explicitamente o conteúdo da mensagem, que só posso limitar-me a subscrever por inteiro. Também gostei da ideia da “The Economist” de lhe chamar a “consciência da China”, mas merecem-me igual destaque o texto (“A Life Lived in Truth”) do ficcionista Ma Jian na “Project Syndicate” e a homenagem adotada pelo “Le Monde” (excerto acima) – entre um escrito de Liu Xiaobo de 2006, em que ele foca a necessidade de salvar a história da China e de restabelecer a sua memória, e um sublinhado às tocantes palavras de despedida que o mesmo dirigiu à mulher (“Vive bem”).
A coerência tem custos raramente amortizáveis à luz dos mercantis critérios dominantes, mas não é por isso que deixa de ser bonita e, sobretudo, altamente reconfortante para quem plenamente a assuma e saiba praticar com a vertebrada naturalidade do ser.
(Nicolas Vadot, http://www.levif.be)
(Idígoras y Pachi, http://www.elmundo.es)
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