domingo, 11 de dezembro de 2011

CLARIVIDÊNCIA LIBERAL




O isolamento da abordagem Merkosy, aparentemente sancionada pelos países que já subscreveram, ou virão a fazê-lo, o acordo intergovernamental da zona euro, tende a intensificar-se.

Das páginas editoriais do The Economist cito o que poderia designar de clarividência liberal ou apenas de bom senso:

“Isto é crucial. Os passados dez anos fornecem ampla evidência de que as regras fiscais não são suficientes (e se quiserem assustar-se tenham em conta a experiência da Europa nos anos 30 em matéria de rigidez monetária sem um emprestador de última instância – ver páginas 76-78). Se, pelo contrário, regras mais estritas forem combinadas com algum tipo de responsabilidade conjunta, então haverá uma recompensa para os bem comportados e também uma sanção credível: qualquer país que ultrapasse os seus limites fiscais não beneficiará dos Eurobonds.”

Estranhamente esta posição de bom senso é partilhada pelo German Council of Economic Experts, algo de similar ao Conselho de Assessores Económicos da Casa Branca. A posição é desenvolvida no relatório anual 2011-12. Ver sumário executivo em http://www.sachverstaendigenrat-wirtschaft.de/fileadmin/dateiablage/Sonstiges/chapter_one_2011.pdf.

Se a clarividência liberal do The Economist e o pensamento económico alemão mais próximo da decisão alinham pelo bom senso, como poderá entender-se a intransigência do directório?

1 comentário:

  1. Embora apelidados de liberais (e neoliberais, que parece ser mais insultuoso) pela voz comum da esquerda, os líderes europeus (todos) alinham verdadeiramente pela cartilha socialista/social-democrata.
    Cresceram e formaram-se à sombra dos estados-sociais e "providentes". Quando se trata de entender a economia real (o mundo real), onde o "eco" de economia é mesmo primo do "eco" de ecologia, onde há concorrência, adaptação, evolução... pois eles ficam às aranhas e tentam manter a pose...

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