O isolamento da abordagem Merkosy, aparentemente sancionada pelos países que já subscreveram, ou virão a fazê-lo, o acordo intergovernamental da zona euro, tende a intensificar-se.
Das
páginas editoriais do The Economist cito o que poderia designar de clarividência
liberal ou apenas de bom senso:
“Isto é crucial. Os passados dez anos fornecem ampla evidência de que as
regras fiscais não são suficientes (e se quiserem assustar-se tenham em conta a
experiência da Europa nos anos 30 em matéria de rigidez monetária sem um
emprestador de última instância – ver páginas 76-78). Se, pelo contrário,
regras mais estritas forem combinadas com algum tipo de responsabilidade
conjunta, então haverá uma recompensa para os bem comportados e também uma sanção
credível: qualquer país que ultrapasse os seus limites fiscais não beneficiará
dos Eurobonds.”
Estranhamente esta posição de bom senso é partilhada pelo
German Council of Economic Experts, algo de similar ao Conselho de Assessores
Económicos da Casa Branca. A posição é desenvolvida no relatório anual 2011-12.
Ver sumário executivo em http://www.sachverstaendigenrat-wirtschaft.de/fileadmin/dateiablage/Sonstiges/chapter_one_2011.pdf.
Se a clarividência liberal do The Economist e o
pensamento económico alemão mais próximo da decisão alinham pelo bom senso,
como poderá entender-se a intransigência do directório?
Embora apelidados de liberais (e neoliberais, que parece ser mais insultuoso) pela voz comum da esquerda, os líderes europeus (todos) alinham verdadeiramente pela cartilha socialista/social-democrata.
ResponderEliminarCresceram e formaram-se à sombra dos estados-sociais e "providentes". Quando se trata de entender a economia real (o mundo real), onde o "eco" de economia é mesmo primo do "eco" de ecologia, onde há concorrência, adaptação, evolução... pois eles ficam às aranhas e tentam manter a pose...