sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

NA ROTA DA DESIGUALDADE?


Não podemos ignorar que se trata de números calculados antes da incidência dos impostos sobre o rendimento, o que aconselha alguma cautela de interpretação. A fiscalidade pode introduzir acertos ou até consolidar os padrões de desigualdade do topo 1% da população. Mas tendo em conta que os padrões de austeridade impostos estão a ser mais gravosos para os rendimentos mais baixos, a tendência será para uma rota ascendente na escala da desigualdade e não descendente em direcção aos padrões escandinavos. O que confirma o padrão da evolução observada entre 1990 e 2007. Os 18,3% de rendimento apropriado pelos 1% mais ricos dos Estados Unidos impressionam, mas permitem compreender grande parte das incidências do debate político na sociedade americana de hoje. “We are the 99%” não é de facto uma simples palavra de ordem a perder-se na vertigem do tempo. Veio seguramente para ficar.

1 comentário:

  1. Ver a este propósito o estudo citado pelo Pedro Lains no seu blog que compara a progressividade das medidas de austeridade nos
    PIIGS e outros países. Pelo que percebi é um estudo da Applica (Terry Ward, etc).

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