Não podemos
ignorar que se trata de números calculados antes da incidência dos impostos
sobre o rendimento, o que aconselha alguma cautela de interpretação. A
fiscalidade pode introduzir acertos ou até consolidar os padrões de desigualdade
do topo 1% da população. Mas tendo em conta que os padrões de austeridade
impostos estão a ser mais gravosos para os rendimentos mais baixos, a tendência
será para uma rota ascendente na escala da desigualdade e não descendente em
direcção aos padrões escandinavos. O que confirma o padrão da evolução
observada entre 1990 e 2007. Os 18,3% de rendimento apropriado pelos 1% mais
ricos dos Estados Unidos impressionam, mas permitem compreender grande parte
das incidências do debate político na sociedade americana de hoje. “We are the
99%” não é de facto uma simples palavra de ordem a perder-se na vertigem do
tempo. Veio seguramente para ficar.
Ver a este propósito o estudo citado pelo Pedro Lains no seu blog que compara a progressividade das medidas de austeridade nos
ResponderEliminarPIIGS e outros países. Pelo que percebi é um estudo da Applica (Terry Ward, etc).