Uma notícia algo perdida no Financial Times (http://www.ft.com/intl/cms/s/0/aae88cf2-2747-11e1-b7ec-00144feabdc0.html#axzz1geQF28Vp)
assinala uma escalada das contradições que a crise da zona euro está a
desencadear.
Um draft de uma futura publicação do Instrumento Europeu
de Estabilidade Financeira (EFSF), cujo reforço financeiro e posterior passagem para um
Mecanismo de Estabilidade Financeira tem penado a bom penar, admite entre os
riscos de investidores quer a cessação do euro quer a recusa de emissão
de dívida soberana nessa moeda.
Independentemente de saber se a versão final do documento
apresentará em letra de forma esta “liberdade de expressão”, o facto de
aparecer no processo preparatório simboliza muito do que estará a passar-se por
detrás do pano.
Entretanto, pela conferência de hoje em Berlim, Draghi
parece apostar tudo nos apoios à banca europeia: refinanciamento a 3 anos e permissão
para a utilização de empréstimos como garantias no interior do Eurossistema.
Cada dia que passa, mais obscuro e atribulado se torna o
processo de concretização das decisões de 8/9 de Dezembro 2011, mostrando a
fragilidade do compromisso.
Com tamanha debilidade, a senhora Lagarde parece a única
fonte de sensatez, relembrando pelo menos a similaridade de todos os sinais
presentes com o abismo dos anos 30. Que estranha situação.
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