sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

ATÉ MANKIW RECONHECE A EVIDÊNCIA


Greg Mankiw é um dos economistas americanos mais conhecidos e autor de inúmeros manuais que orientam a formação em economia não só nos Estados Unidos, como por todo o mundo. É normalmente associado a um pensamento menos intervencionista e mais liberal do que por exemplo Paul Krugman ou Bradford DeLong. É também frequentemente apontado como um economista inspirador das posições republicanas, embora essa associação mereça uma avaliação mais rigorosa e menos jornalística.

Neste contexto, é muito significativa a apreciação hoje realizada no seu blog (gregmankiw.blogspot.com) (onde interage fortemente com os seus alunos) sobre os tão badalados riscos de inflação que têm suportado a posição alemã de recusar um papel mais activo do BCE na minimização da crise:

Os meus amigos mais conservadores argumentam, baseados em princípios monetaristas, que uma política monetária benevolente (tradução imperfeita de dovish) gera o risco de futura inflação. A meu ver, porém, por agora há riscos maiores do que a inflação. Incluem desemprego elevado prolongado no tempo e crescimento anémico.”

A questão já ultrapassou o domínio doutrinário. Trata-se apenas de bom senso na interpretação das evidências.

Por curiosidade, recentemente, registou-se uma ocupação de algumas aulas de Mankiw em Harvard, como protesto contra um certo ensino da economia que teima em não integrar no seu corpo o peso das evidências de um mundo em crise (Institute for New Economic Thinking: http://ineteconomics.org/blog/inet/robin-wells-we-are-greg-mankiw%E2%80%A6-or-not; Robin Wells – “We are Greg Mankiw or not?”

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