Greg Mankiw é um dos economistas americanos mais conhecidos e autor de inúmeros
manuais que orientam a formação em economia não só nos Estados Unidos, como por
todo o mundo. É normalmente associado a um pensamento menos intervencionista e
mais liberal do que por exemplo Paul Krugman ou Bradford DeLong. É também
frequentemente apontado como um economista inspirador das posições republicanas,
embora essa associação mereça uma avaliação mais rigorosa e menos jornalística.
Neste contexto, é muito significativa a apreciação hoje realizada no seu
blog (gregmankiw.blogspot.com)
(onde interage fortemente com os seus alunos) sobre os tão badalados riscos de
inflação que têm suportado a posição alemã de recusar um papel mais activo do
BCE na minimização da crise:
“Os meus amigos
mais conservadores argumentam, baseados em princípios monetaristas, que uma política
monetária benevolente (tradução imperfeita de dovish) gera o risco de
futura inflação. A meu ver, porém, por agora há riscos maiores do que a inflação.
Incluem desemprego elevado prolongado no tempo e crescimento anémico.”
A questão já ultrapassou o domínio doutrinário. Trata-se apenas de bom
senso na interpretação das evidências.
Por curiosidade, recentemente, registou-se uma ocupação de algumas aulas de
Mankiw em Harvard, como protesto contra um certo ensino da economia que teima
em não integrar no seu corpo o peso das evidências de um mundo em crise (Institute for
New Economic Thinking: http://ineteconomics.org/blog/inet/robin-wells-we-are-greg-mankiw%E2%80%A6-or-not;
Robin Wells – “We are
Greg Mankiw or not?”
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