quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

ANALISTAS AO RUBRO


Mantendo o registo do último post de Freire de Sousa, a utilização de gráficos apelativos como argumentos marcantes no debate que está ao rubro sobre os destinos da zona euro está a multiplicar-se.

No Business Insider (http://www.businessinsider.com/unemployment-vs-nazi-party-vote-2011-11) o analista Dylan Grice lançou na blogosfera dois gráficos sobre o tão falado receio alemão de uma hiperinflação (a chamada hiperinflação de Weimar). O argumento é sugestivo e exigirá um regresso à história da época em maior profundidade.

O primeiro gráfico analisa o comportamento relacionado da evolução do desemprego na Alemanha com a ascensão do voto nazi:

 

 O segundo gráfico compara a evolução da taxa de desemprego no Reino Unido que abandonou o padrão-ouro e inflacionou com a da Alemanha que permaneceu e não inflacionou.

A pergunta provocadora de Grice é a de saber se a Alemanha tivesse inflacionado e conseguido reduzir a taxa de desemprego teria ou não conduzido à votação nazi de 1933?

Estas simulações em torno da contrafactualidade histórica são arriscadas e exigem ponderação. Mas uma vez que a situação actual rivaliza em gravidade com a dos anos 30, a analogia não deixa de ser perturbadora. A valoração dos riscos inflação e desemprego pende claramente para este último. Por isso, os receios alemães talvez não estejam a ser correctamente focados, sobretudo se os virmos numa perspectiva europeia de desemprego estrutural de massa.










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