Passam hoje 49 anos sobre o 25 de novembro de 1975. Uma data que a pequenez politiqueira de alguns – da desonestidade pseudoiluminada do CDS de Nuno Melo e Paulo Núncio ao triunfalismo deslumbrado do PPD/PSD de Luís Montenegro, ao liberalismo reacionário de Rui Rocha e ao populismo aproveitador de André Ventura – quis transformar num exercício saloio e de mau gosto por parte da maioria dos representantes de um país que decidiram celebrá-la ao cabo de 49 anos transcorridos. Por este(s) dia(s), os nossos media e similares estão cheios de considerações factuais e analíticas sobre a matéria, para as quais remeto os interessados na exploração de um tema que o não justifica – porque a mais pura das realidades é que o que está em causa corresponde a uma “mistificação histórica e política do 25 de novembro”, que o apouca na medida em que verdadeiramente “o que se está a comemorar não é o 25 de novembro...” (título da crónica de José Pacheco Pereira no “Público”), por um lado, e é também que “todo o processo que culminou no 25 de novembro foi construído por Mário Soares, o PS e a ala militar moderada do Grupo dos Nove” (citando a peça de Vítor Matos na “Revista do Expresso”), por outro lado. Adaptando Batista Bastos, quase apetece perguntar onde estariam os pais ideológicos e os executores destas comemorações naquele dia...
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