Duas fotos publicadas pelo “Libération” e que constituem uma prova reafirmada de que uma imagem vale mais do que mil palavras, tendo também qualquer coisa daquele “o gesto é tudo” que marcou uma época. A democracia americana a despedir-se da maior normalidade/estabilidade que Kamala lhe garantia e a Europa em crescente dissonância à medida que espera a chegada de Trump e cada um dos seus líderes se vai preparando para tratar da sua vidinha muito própria (Scholz até já telefonou a Putin!). Ou seja: o mundo a mudar a uma velocidade que é claramente mais estonteante e ameaçadora do que aquilo que ainda parece à vista desarmada do cidadão comum desinformado e enganosamente resguardado neste canto a oeste da Europa – com Zelensky a sinalizar a validação em curso pela União Europeia da derrota do seu país e Netanyahu a exterminar palestinianos, a anexar território e a destruir o Líbano, ambos cientes de que em janeiro haverá Trump para fechar os processos com chave de ouro; Trump esse que se vai entretendo a nomear inconcebíveis governantes e dirigentes em catadupa, concretizando inapelavelmente o que será a composição da sua próxima administração americana comandada por multimilionários e vigaristas (cito o insuspeito Pedro Mexia). Socorro!
(Andrés Rábago García, “El Roto”, http://elpais.com)
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