Já ninguém procura escamotear a preocupante gravidade da situação política e governativa acabada de concretizar em Itália. Aproximam-se novamente tempos difíceis na Europa, onde aliás a tendência deslizantemente descendente para um qualquer abismo continua a ser bem clara (veja-se o recente caso da Eslovénia).
Não obstante, também irem emergindo alguns sinais contraditórios – como o facto de o novo responsáveis pelos Assuntos Externos ser um tecnocrata europeísta próximo de Mario Monti (Enzo Moavero) ou como o teor da dimensão económica do discurso de posse do primeiro-ministro Giuseppe Conte, nitidamente dirigido a uma desejável acalmia dos mercados –, os perigos das derivas ziguezagueantes e populistas tornam-se por demais agitados e proclamados um pouco por todo o lado. E, tal como já antes tinha ficado manifesta a vontade do setor mais partidariamente assumido do novo governo quanto a um abandono da Zona Euro, Salvini até veio acrescentar ontem um primeiro aviso sério e altamente repulsivo dirigido aos migrantes.
Tudo visto e ponderado, será na seleção de capas e cartunes que hoje aqui venho deixar que melhor surgirão revelados os principais temores a propósito do mais previsível curso dos acontecimentos – pois quando até a infeliz e vitimizada Grécia já vai sendo reabilitada nos meandros da burocracia europeia...
(Hervé Pinel, https://www.lesechos.fr)
(Jean Plantu, http://lemonde.fr)
(Patrick Blower, http://www.telegraph.co.uk)
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