sábado, 30 de junho de 2018

FOGUETES, FESTA E CANAS


Por caraterística pessoal, não costumo primar pelo louvor acéfalo de tudo quanto cheire a mero fervor patriótico. Daí que talvez possa ser considerado insuspeito de qualquer pecado luso-distorcido por aqui querer deixar devidamente vincado um cumprimento a António Vitorino, mais um português a lograr sucesso em areópagos internacionais, desta vez uma eleição vitoriosa para o cargo de diretor-geral da OIM (Organização Internacional para as Migrações). Numa semana que começara com a visita do Presidente da República à Casa Branca, um movimento que envolvia alguns riscos de imagem e que se saldou, no mínimo, por um objetivo sucesso pessoal (os dotes de inteligência conseguem, por vezes, fazer milagres!) e também do País, contrariando claramente a maioria das opiniões produzidas a propósito (a minha incluída). Casos para voltar a aqui louvar a diplomacia nacional que, não sei muito bem porquê na verdadeira essência da razão das coisas (obviamente por defeito meu, que apenas posso testemunhar a grande qualidade e empenho de muitos dos nossos embaixadores e a enorme capacidade política e de trabalho do nosso ministro dos Negócios Estrangeiros), continua a somar resultados excecionais e completamente imprevisíveis. Num quadro como este, tudo o que não podemos agora é deixar de capitalizar o que assim nos vai sucedendo de positivo no contexto mundial – o que aliás, e para sermos justos, temos vindo a tentar fazer de modo crescente, e já com alguns resultados visíveis, mas ainda carece de um pouco menos de inspiração e espontaneísmo e de um pouco mais de suor e organização...

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