sexta-feira, 29 de junho de 2018

DESTA VEZ...



(Gallego & Rey,http://www.elmundo.es)

Terminou esta noite a fase de grupos do Mundial da Rússia. Com a campeã Alemanha a constituir-se na grande surpresa da competição ao ser ineditamente afastada mas de modo incontestável – o futuro próximo trará certamente algumas explicações para um desaire tão inesperado quanto incompreensível, sendo que o mundo, e especialmente a larga maioria dos europeus, terá ficado bastante agradado com um tal desenlace mas sendo também que o torneio objetivamente perde com o prematuro desaparecimento competitivo de Kroos, Özil, Khedira, Gündoğan, Neuer, Kimmich e outros excelentes artistas da bola. 

Quanto ao resto, e ao jeito de um balanço necessariamente telegráfico, sublinharia os seguintes pontos: (i) o apuramento para os oitavos de dez seleções europeias, cinco sul-americanas e uma asiática, o surpreendente Japão; (ii) a imaturidade das seleções africanas, todas afastadas a despeito de algumas possuírem elementos de inegável qualidade; (iii) o facto de apenas três equipas contarem por vitórias os três jogos disputados – Uruguai, Croácia e Bélgica – e de mais outras cinco ainda não terem qualquer derrota – Brasil e França, com duas vitórias e um empate, e Suíça, Espanha e Portugal, com dois empates e uma vitória; (iv) a estruturação subjetiva dos apurados entre as formações que se apresentaram acima do esperado – Croácia, Brasil, França, Bélgica, Inglaterra e Suécia, por esta ordem –, as que se apresentaram abaixo do esperado – Argentina, Espanha e Portugal, também por esta ordem – e as que cumpriram objetivos mas acabarão por não passar de outsiders mais ou menos influentes – Uruguai, Suíça, Colômbia, México, Rússia, Dinamarca e Japão, igualmente por esta ordem.

Por fim, e correndo o risco de uma aposta seguramente pouco mais do que gratuita, diria então que ou teremos umas meias-finais totalmente europeias (França-Bélgica e Croácia-Inglaterra) ou, em alternativa, umas meias-finais euro-americanas (França-Brasil e Croácia-Colômbia). E o campeão? Por ora, tendo preferencialmente para a Croácia, no primeiro caso, e para o Brasil, no segundo. Com a melhor França desde há muito tempo a poder ter uma palavra a dizer. Mas, sendo a bola redonda, tudo pode acontecer exceto desta vez que no final vença a Alemanha...

Sem comentários:

Enviar um comentário