O “Expresso” deste fim-de-semana chamou a títulos de primeira página dois tópicos pouco glosados mas particularmente determinantes em termos de elucidação do que se vai passando no Portugal de hoje. Um aponta para o problema nuclear da nossa perda populacional e, com ela também, das limitações potencialmente decorrentes de uma pirâmide etária em rápido processo de inversão desequilibrante e desestruturante face a uma salutar via de desenvolvimento económico e social – a este nível, a ideia de que o atual Governo possa fomentar políticas tendentes a contrariar um tal processo, designadamente através da atração de imigrantes, poderá revelar-se extremamente positiva e virtuosa, contanto que não deixem de ser tratados e adequadamente acautelados os detalhes que sempre escondem as piores diabruras. O outro tópico resulta de um desabafo feliz de Paulo Azevedo acerca do frustrado negócio Altice/TVI, através do qual perpassam alguns dos vícios institucionais escondidos e várias das frágeis lógicas decisionais que continuam a marcar, aliás em irritante demasia (por ação ou omissão), a nossa vida atual coletiva.
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