quinta-feira, 9 de julho de 2020

ENNIO MORRICONE


(Ricardo Martínez, http://www.elmundo.es)

Por razões conhecidas e outras mais, continuo a correr atrás do prejuízo noticioso e analítico. Hoje é o momento de aqui deixar o indispensável registo da morte, aos 91 anos, do icónico compositor e maestro italiano Ennio Morricone. O facto foi comunicado pelo “i” com um sugestivo “morreu a música no cinema”, enquanto o “Público” escolheu para se lhe referir uma imagem bonita (“imperador das bandas sonoras”), ambos os órgãos assim pretendendo aludir à talentosa autoria de algumas das mais populares e premiadas bandas sonoras da história do cinema – e “Era uma Vez na América” de Sergio Leone será disso o exemplo mais reconhecível, sem prejuízo de “La Dolce Vita”, “Cinema Paraíso”, “Aconteceu no Oeste”, “O Bom, o Mau e o Vilão”, “Por um Punhado de Dólares”, “Os Intocáveis”, “1900”, “A Missão” ou “Os Oito Odiados”, entre centenas de outros. E tudo o resto numa vida profissional riquíssima – onde por cá também se apreciaram especialmente as suas variadas apresentações com Dulce Pontes –, cabendo sublinhar um final em que a força da personagem voltou a vir ao de cima pela forma condigna e despojada como deixou preparado o anúncio do seu próprio desaparecimento: sono morto, non voglio disturbare...

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