Talvez seja um sinal da passagem dos anos mas, para mim, o JJ futebolístico será sempre um talentoso extremo-esquerdo do VItória de Setúbal que se chamava Jacinto João. Aquele que enche hoje as páginas dos jornais, fruto de um regresso a Portugal para treinar o Benfica (o Flamengo que se lixe!), é apenas um mercenário do desporto-rei, trabalhador e esforçado é certo mas também incapaz de ultrapassar a mediania proveniente da sua básica e aparolada inconsequência, assim senhor de uma carreira desencontrada e largamente incoerente, capaz de tudo para satisfazer a sua sede de protagonismo fácil e muita babugem. Vieira, ele também um suburbano encantado consigo próprio e intimamente incrédulo quanto à visibilidade a que logrou ascender, não resistiu a mais uma cambalhota histórica e à desesperada manifestação de falta de vergonha e visão que o obrigará a atirar milhões para cima de um problema agora ampliado por um cúmulo de medos quase doentios (da consciencialização de uma incapacidade para dar a volta por cima ao perigo iminente associado às eleições internas ou aos riscos pessoais decorrentes dos processos judiciais que o envolvem, isto para não referir outras dimensões que não relevará trazer de momento à colação). Celebra-se hoje na abertura dos nossos telejornais o reencontro de dois artistas que são verdadeiramente two of a kind, que estão portanto bem um para o outro!
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