Os jornais em papel são uma espécie em extinção. Ou, dito de outra e mais sofisticada maneira, correspondem a um modelo de negócio que tendencialmente se vai esvaziando até que o desaparecimento físico de alguns teimosos, entre líricos e aposentados, lhe dite o destino anunciado e aparentemente irremediável. Não obstante, bom seria que enquanto duram cumprissem mínimos de mínimos – o que poucos fazem, ainda que em graus de gravidade naturalmente diversos. A maior provem dos “projetos” que vivem/sobrevivem de um maior abuso na exploração do sensacionalismo balofo ou ofensivo, sejam eles o campeão de vendas “Correio da Manhã” (CM) ou os diários desportivos de preferencial serviço aos clubes da Segunda Circular lisboeta.
Reportando-me apenas a estes dias mais próximos: se a capa do CM sobre a filha do primeiro-ministro (“Costa tira filha da noite”!!!) nada mais foi do que mais um de tantos e tantos casos lamentáveis/ordinários que têm ajudado a fazer o “sucesso” do referido título, as contraditórias primeiras páginas do “Record” e de “A Bola” de ontem ilustram o défice de profissionalismo com que algumas das suas notícias são obtidas, checkadas e tratadas – mas, afinal, esse tal Rafa que joga no Braga não pode ser clonado em vários para que possa ter simultaneamente lugar na Luz e no Dragão, ficando também ainda na Pedreira e não deixando de ir fazer uma perninha na velha S. Petersburgo?
Sem comentários:
Enviar um comentário