(Tréguas
blogueiras por alguns dias, pelo litoral centro, com irradiação a partir de
Monte Real. Reflexões avulsas
em torno do território.)
Alguns dias de tréguas deste
blogue, deambulando pelo litoral centro, a partir de Monte Real, vila termal
hoje sem termas desde 2014, com os recursos aquíferos violentados por uma cheia
do Lis, pelos vistos devastadora. O ar modernizado do Palace contrasta com a
decadência anunciada de hotéis e pensões de pequena dimensão, em agonia
acelerada pelo encerramento das termas, onde o tempo parece ter parado nos
nomes de rua do antigo regime que resistem à usura do tempo político.
Pela região em torno da Marinha
Grande sentem-se os sinais da industrialização em declínio, das imponentes
chaminés industriais de fábricas abandonadas no vazio da memória, das heranças
diversas de Tomé Feiteira, dos resquícios ainda vivos da indústria do vidro. O Pinhal
Litoral tarda em confirmar nos dados do produto a transição que pensávamos ir
ser assegurada pela componente dos moldes. Pela profusão de zonas industriais
que se descortina por todo o lado percebe-se que há dinâmica, que não estamos
numa zona deprimida, mas o salto estrutural não está consolidado.
A outro nível, qualquer
que seja a fé que se professe, o mural da nova Basília de Fátima que enquadra o
altar, de inspiração bizantina e ortodoxa, tal como a arquitetura da Basílica, é
de cortar a respiração.
Sem comentários:
Enviar um comentário