Tempo de férias e de lazer e restabelecimento para alguns que, sendo muitos, não são todos nem pouco mais ou menos. Tempo de informação disseminada e em tempo real, nem sempre fidedigna quando não descaradamente fake. Tempo de conflitualidade e incerteza, incluindo crescentes riscos de alastramento global. Um quadro que só aparentemente relata toda a verdade do mundo que nos envolve nas suas melhores e piores dimensões – importará, desde logo, não deixar de fazer ressaltar uma tragédia maior que continua a ser minimizado pelo desinteresse político-mediático e por uma cínica espécie de habituação à dor alheia que cresce no cidadão comum: a fome no mundo é, de facto, uma chaga que persiste (9,1% das pessoas ainda se encontram em estado de subalimentação, sendo assim bastante insuficientes os progressos registados na luta contra a desnutrição) e assume níveis desesperantes em várias geografias (como em África, onde a tendência não cessa de ser ascendente e chega a atingir percentagens superiores a 30%, com a insegurança alimentar média a situar-se nos 58%). Aqui fica esta nota de alerta, que mais não visa do que contribuir para contrariar um esquecimento inaceitável e que se começa a tornar crónico...
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