quarta-feira, 28 de agosto de 2024

PELA TERCEIRA

Explico o meu inabitual afastamento deste espaço por razões associadas a uma manifesta debilidade do meu vasto currículo de viajante: a Ilha Terceira não constava dos meus locais de visita, o que constituía uma indiscutível e manifesta falha. A oportunidade surgiu agora num encontro de situações inicialmente provocado pela realização em Angra do Heroísmo do 63º Congresso da ERSA (European Regional Studies Association). Por estes dias, dividi assim o meu tempo entre a Ilha – belíssima e espantosamente diversa e que percorri para Leste e para Oeste, incluindo um mergulho num dos seis muitos espaços balneares e não deixando de realizar uma visita às cidades principais (Angra do Heroísmo e Praia da Vitória) – e o Congresso e os contactos por ele viabilizados, destacando-se o jantar de ontem no “Beira-Mar” da Rua de S. João pelo interesse e pela variedade temática das conversas tornadas possíveis pelos comensais. Do meu lado, foi um gosto grande conversar com o Andrés Rodríguez-Pose sobre a geografia do descontentamento e temas conexos, com o Mário Centeno sobre a sua leitura atual da experiência que teve nas Finanças (não esquecendo os “erros” do FMI e de Vítor Gaspar nem a gradualidade da sua forma de gerir ou o otimismo da sua presente visão do País enquanto especialista de mercado de trabalho), com a Roberta Capello (presidente da ERSA) sobre a complexidade da situação italiana político-económica ou com o sagaz e conhecedor edil de Angra (Álamo Meneses) sobre a realidade açoriana de hoje e as vicissitudes da sua história no pós-25 de abril. Uma noite em cheio, pois, com os tempos de turista a impedirem essencialmente, e sem remissão, qualquer veleidade bloguista.

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