Indigitação lógica, nos limitados termos luso-portugueses que nos vão irremediavelmente caraterizando, a de Maria Luís Albuquerque para próxima cidadã nacional a ter assento no futuro colégio de comissários europeus de Ursula von der Leyen. Impressionante que o PSD e a sua área política não consigam encontrar outros nomes aceitáveis para serem alternativa a tal indicação! Sendo que o currículo político de Maria Luís a qualifica – as questões da Troika são toda uma outra história! –, bem mais do que a dimensão académica (trata-se, afinal, de uma licenciada da Lusíada!) ou profissional (onde os conflitos de interesses associados às suas opções pós-governativas parecem bastante críticos!). Mas fico-me, por hoje, pelo lado mais caricato, aflitivo e deprimente do acontecimento que ontem ocupou o dia: a total ausência de mínimos por parte do nosso jornalismo para relatar em torno da matéria e a analisar com a devida competência – até alguns “Papas”, como Ricardo Costa ou Paulo Baldaia, se fartaram de dizer alarvidades! Para falar sobre Bruxelas e o que vai por aqueles corredores é preciso bem mais do que o estrito primarismo de aceder aos sítios dos meios de comunicação social europeus...
(Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt)
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