Os agostos são diferentes quando há Jogos Olímpicos. Porque tal significa menos praia e horários mais adaptados para se conseguir ver os desportos e atletas favoritos. Pessoalmente, sou já um veterano desta autêntica maratona de exibição qualitativa e superação humana, por isso para mim sempre mais orientada para as provas individuais do que para as coletivas (como o voleibol, o andebol e o basquetebol, entre outras que também aprecio mas cuja visualização tendo a guardar apenas para os seus momentos decisivos). O atletismo, a natação, a ginástica artística e o ténis de mesa (este por razões de fidelidade antiga) são as modalidades a que assisto com mais entusiasmo e regularidade.
Até ao momento, com os Jogos a meio, os nomes em destaque são muitos e muito valorosos nas respetivas prestações. Ainda assim, quero hoje destacar a recuperada ginasta americana Simone Biles e o surpreendente nadador francês Léon Marchand, ela com três ouros já conquistados (podendo ainda vir a alcançar um quarto no solo, após um deslize acontecido na trave) e ele com uma excelência comprovada por quatro ouros (acrescidos da versatilidade de terem sido obtidos em mariposa, em bruços e nos quatro estilos) e um bronze (em estafetas).
Depois, e além destes, saliento as duas surpresas da competição mais rápida do atletismo (os 100 metros), com uma atleta de Santa Lucia (Julien Alfred) a vencer no feminino e um improvável atleta americano (Noah Lyles) a ganhar a medalha de ouro por 5 milésimos de segundo sobre o mais favorito (o jamaicano Kishane Thompson), e a prova de pista mais longa (os 10 mil metros), onde o ugandês Joshua Cheptegei (recordista mundial com o incrível tempo de 26 minutos e 11 segundos) venceu com clareza e bateu o recorde olímpico. Saliento ainda as fantásticas de prestações de duas nadadoras – a americana Katie Ledecky (4 medalhas, sendo duas de ouro com recordes olímpicos, ela que possui o palmarés de ter logrado dezanove das melhores vinte prestações de sempre na prova dos 1500 metros livres) e a canadiana Summer McIntosh (4 medalhas, sendo três de ouro com recordes olímpicos) –, o completo ciclista belga Remco Evenepoel (vencedor das competições de fundo e de contrarrelógio) e a simpática e talentosa ginasta brasileira Rebeca Andrade (que já vai em 3 medalhas, podendo chegar a uma quarta, não tendo ainda qualquer ouro por razões associadas à simples existência do fenómeno que é Simone Biles). E chamando ainda a vossa atenção para a superlativa final de ténis de mesa masculino (onde o chinês Fan Zhendong derrotou o sueco Truls Möregårdh, que eliminara o número 1 mundial Wang Chuqin), por aqui me fico, por ora...
Adenda noturna:
A ginástica artística deste dia foi aziaga para Simone Biles, que apenas logrou acrescentar uma medalha de prata no solo ao seu pecúlio e assim se ficou somente (!) por três medalhas de ouro em Paris (contra quatro que alcançara no Rio), mas terminou em grande para a encantadora desportista que é Rebeca Andrade, merecidamente premiada (e reconhecida pelas adversárias, Biles e Jordan Chiles) com o ouro que lhe faltava no solo. Tudo está bem quando termina bem...
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