(Os nove canais que a Eurosport tem dedicado aos Jogos Olímpicos e a possibilidade de recorrer à HBO para complementos tem sido um fartote de visualização desportiva. Depois de manhãs de praia qb e de um bom almoço, a modorra feita sesta tem-se confundido com Jogos Olímpicos até fartar. Tenho assim visto partidas de voleibol de arrasar, como o foram por exemplo o Itália-Japão (3-2) e o França-Alemanha (3-2), ambos nos quartos de final, não esquecendo ainda os EUA-Brasil (3-1), esperava mais da seleção canarinha. Tenho visto ténis de mesa de cortar a respiração, com os asiáticos a dominar, mas com os Europeus a regressar ao primeiro plano. A final de badmington entre o par da China de Taipé e um par chinês foi de trepar pelas paredes tal a qualidade do jogo praticado. E o que dizer da vitória de Djokovic sobre Alcaraz no ténis, final na qual a tensão nervosa final do primeiro, quando ajoelhou sobre a terra batida, a câmara se fixou nos seus dedos a tremer tamanha foi a descarga nervosa que aquela vitória provocou. Aos 37 anos, depois de em Wimbledon Alcaráz o ter esmagado sem piedade, eis que o sérvio renasce de novo das cinzas e ganha a medalha de ouro que lhe faltava. Mas a minha costela de estar sempre do lado dos desfavorecidos não podia ficar indiferente à medalha de bronze do pugilista cabo-verdiano Pedro Pina, com grandes ligações a Portugal, incluindo trabalhar nas obras e um treinador português. A primeira medalha olímpica de Cabo-Verde retrata bem a diáspora cabo-verdiana, comoveu-me e foi apenas uma medalha de bronze, mas com tanto ou mais significado que muitas medalhas de ouro ganhas nas diferentes competições. E o que dizer da medalha de ouro da ginasta argelina nas barras assimétricas, Kaylia Nemour, ela que foi rejeitada pela Federação francesa, que assegurou á Argélia a primeira medalha em ginástica olímpica? E o que dizer também da imagem de felicidade da ginasta brasileira Rebeca Andrade, finalmente vencedora num duelo com Simone Biles, nos exercícios do solo? Para terminar a noite, o que dizer também do novo recorde do mundo no salto com vara do sueco Armand Duplantis, com uns estratosféricos 6,25 metros?)
E por aqui me fico, olimpicamente.
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