sexta-feira, 2 de agosto de 2024

UMA SOCIEDADE CIVIL DOENTE

(Andrés Rábago García, “El Roto”, http://elpais.com)

Por estes dias de Verão intermitente tenho-me dado crescente conta de quanto o nosso espaço público tão doentiamente emprenha pelos ouvidos, sendo constantes as alusões que nos chegam em chocante espécie de efeito boomerang que se abate sobre nós próprios ou os nossos círculos de proximidade pessoal ou intelectual. Trata-se, afinal, de mais uma manifestação da mediocridade que nos vai envolvendo, com a sobranceira autocomiseração daqueles de quem se esperaria a exemplaridade de um maior intervencionismo em sede de proclamação de valores e/ou de práticas louváveis a torná-los nos principais arautos de uma indesculpável moleza e de uma desoladora apatia – onde a queixa se constitui em mero e já indisfarçável fingimento. Uma sociedade assim está necessariamente a tolher o seu futuro... 

(Riki Blanco, https://elpais.com)

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