Depois de 24 minutos desesperantes – não tanto pela exibição do adversário, mas mais pela ineficácia da nossa defesa –, a alma portista começou a soltar-se em Aveiro e virou um resultado altamente desfavorável (0-3) para uma vitória histórica (4-3), permitindo assim às novas estruturas técnica e dirigente do FC Porto uma entrada com o pé direito nas suas exigentes funções. Vítor Bruno – um homem bastante mais “normal” do que Sérgio Conceição, na postura, no discurso e talvez na relação com os jogadores – teve o enorme mérito de apostar em quem tem estado, dispensando por ora as grandes figuras tardiamente chegadas ao treino, assim como de saber corrigir o essencial ao intervalo e durante a segunda parte. Os sportinguistas, que cantaram vitória cedo demais e até com algumas manifestações de falta de lisura desportiva, acabaram vencidos pela vontade férrea dos azuis-e-brancos, onde imperaram um Galeno em dia sim, um Alan Varela a afirmar-se cada vez mais como o maestro da Equipa e um Nico discreto mas inexcedível, além dos “putos” (Martim Fernandes e Vasco Sousa), dos bem entrados Eustáquio e Iván Jaime e de Otávio na segunda parte. À alegria decorrente de mais um título conquistado (o 86º, ultrapassando o Benfica) acrescentou-se a forma (“épica”, dizem os jornais) como tudo sucedeu. Eu estive lá e somei mais este feliz detalhe ao meu já longo currículo portista e desportista!
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