sexta-feira, 7 de abril de 2017

O ERRO


Já o disse publicamente várias vezes: a passagem de Jorge Nuno Pinto da Costa (JNPC) pela presidência do FC Porto tem um tal saldo desportivo que só por estupidez não é generalizadamente reconhecido e só por ingratidão não seria louvado pelos adeptos. No que me toca, prezo-me de me julgar nem estúpido nem ingrato, sobretudo quando me lembro de com ele vivenciar vinte títulos nacionais (contra sete até à sua chegada), duas Ligas dos Campeões, duas Ligas Europa, duas Taças Intercontinentais e uma Supertaça Europeia, entre outras glórias menos agitáveis mas também relevantes. Dito isto, será facto incontornável que JNPC inevitavelmente cometeu erros, embora a maioria deles menores e quase todos releváveis; o maior de todos começa hoje a vir estrondosamente ao de cima, sobretudo à medida que o modelo de negócio se esgota e a idade avança, tudo sugerindo uma sucessão que se vai avizinhando sem que se pressinta um futuro tranquilo para a Instituição – a este nível, o percurso de Fernando Gomes, seu ex-administrador na SAD, quer nas instâncias máximas do futebol português (Liga de Clubes e FPF) quer cada vez mais visivelmente na UEFA, parece indiciar com clareza aquele que poderá ter sido o maior e mais incompreensível erro histórico de JNPC enquanto líder e gestor do FC Porto.

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