terça-feira, 11 de abril de 2017

QUE DIFERENÇA!


Os dias correm céleres, tão céleres que por vezes quase nem paramos para nos apercebermos do que muda à nossa volta. Exemplifico: há seis anos iniciávamos as agruras de uma intervenção externa que rapidamente alguns iriam transformar numa manifestação de virtuosismo a que os portugueses só teriam de obedecer agradecidos; o País estava politicamente bloqueado e tornava-se fácil à dupla Passos-Portas reinar a seu bel-prazer. Por essa altura, também, a União Europeia vivia os seus piores tempos históricos de crise e era então uma miragem qualquer hipótese de solução em que a voz do Sul pudesse minimamente contar. Hoje, muito foi o que mudou – não que a substância das coisas se tenha verdadeiramente alterado, mas é indiscutível que as relações de forças e o ar que se respira, cá dentro e lá fora, são nitidamente diferentes. E António Costa – vejam-se os cristalinos excertos que repeguei da sua entrevista ao “El País” – tem nisso uma importantíssima quota de responsabilidade...

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