A entrevista de Luís Filipe Vieira à CMTV foi o prato forte noticioso de ontem nas televisões nacionais. E foi pungente ver a indignação e a tristeza estampadas no rosto da imensa maioria dos comentadores, os mesmos cuja semana foi passada a apreciar cada movimento de Bruno Lage e a especular esmiuçadamente sobre as suas possíveis opções para o jogo com o Santa Clara; sempre com uma esperança rasgada na qualidade do recente reforço turco (após o hat-trick que fez ao serviço da sua seleção), o qual já relegou o ex-ídolo grego Pavlidis para segundo plano.
Voltando à entrevista: um longo momento de puro mau gosto, tradutor de um modo de estar que o futebol começa a não tolerar e cheio da arrogância própria de alguém que ainda se acha dono da bola e não entendeu o quadro em que se encontra nem a leitura que dele fazem os seus correligionários benfiquistas; isto sem prejuízo da falta de qualidade que Rui Costa tem evidenciado a todos os níveis e da quase certeza que podemos ter de que o Benfica vai passar por uma crise interna de alguma gravidade, só adiável pelo milagre de bons resultados desportivos que ajudem a ir disfarçando (até quando?) as diversas distorções que abundam para os lados da Luz.
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