sexta-feira, 13 de setembro de 2024

TUDO EM ABERTO, COMO É POSSÍVEL?

O debate presidencial já lá vai e dele se começam a retirar algumas consequências (ou falta delas). No caso, as sondagens nacionais continuam a dar a vitória a Kamala por uma diferença de 1,5 pontos percentuais (o que os especialistas consideram pouco para lhe assegurar o triunfo), enquanto as sondagens por estados (algumas ainda não traduzindo a reação àquela madrugada) apontam agora para três swing states como decisivos pela completa igualdade de perspetivas para os dois candidatos que evidenciam: Pensilvânia, Nevada e Carolina do Norte, no mapa acima a cinzento como toss ups e, portanto, portadores de 41 votos que desempatarão a contenda. Tudo muito baralhado ainda, pois.


(cartoons de Emilio Giannelli, http://www.corriere.it, Jeff Danziger, http://www.nytimes.comElla Baron, https://www.theguardian.com e Fiona Katauskas, https://www.theguardian.com)

 

Considerando as prestações a que assistimos, o que persiste em não me sair da cabeça é a existência de uma milhões largos de cidadãos americanos (representados a vermelho no mapa acima) que não compreendem minimamente o que está em jogo a 5 de novembro. Estou totalmente com o editor do último número da “Foreign Policy” (Michael Hirsh) quando escreveu: “Tenho uma confissão a fazer. Tenho um sentimento de paralisia nestas semanas que vão conduzir à eleição presidencial americana. Seja o destino da Ucrânia, a paz no Médio Oriente, a concorrência com a China ou a mais lata questão do papel da América no mundo, demasiado depende de quem será o próximo ocupante da Casa Branca. Uma presidência de Donald Trump seria muito diferente de uma de Kamala Harris e as sondagens continuam a mostrar que os americanos estão amargamente divididos sobre como escolher entre eles. Protagonistas chave nas crises globais, do presidente russo Vladimir Putin ao primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, parecem como se estivessem à espera para ver quem ganha antes de fazerem o próximo grande movimento. Talvez seja por isso que é tão difícil lançarmo-nos para lá de 5 de novembro e imaginarmos como pode desenrolar-se uma variedade de conflitos e problemas.”

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