Mesmo reconhecendo algum juízo em causa própria, não posso evitar a emissão de um sinal muito positivo ao recém-terminado mercado de transferências do FC Porto, sob a renovada batuta protagonizada por um focado e competente André Villas-Boas. A despeito do surreal e inaceitável comportamento da direção dos sauditas do Al-Hilal, e ao que parece do inqualificável Domingos Soares de Oliveira, no tocante a um acordo firme de aquisição de Galeno por 50 milhões de euros, um desaire financeiro imprevisto e capaz de deixar as suas mossas imediatas. De realçar ainda a discrição e a transparência com que o processo foi sendo conduzido, bem assim como a novidade de se ter logrado prescindir de uma significativa dose de pagamentos por intermediação.
O certo é que, desportivamente, o plantel saiu tão reforçado quanto possível (apesar da falta de ovos metálicos para fazer as mais pretendidas omeletas!) e colmata inclusivamente algumas fragilidades anteriores (nas laterais e nas centrais defensivas, no meio do terreno e no centro do ataque, com a manutenção de Diogo Costa a ajudar também a dar as melhores garantias) – falta agora tempo para o entrosamento e a assimilação, por parte de um grupo cuja média de ideias pouco ultrapassa os 24 anos, do sistema de jogo visado por Vítor Bruno (uma aposta de risco mas que creio justificada) para que o Clube consiga prosseguir a sua senda de disputa e conquista nos planos nacional e internacional.
Pessoalmente, estou muito grato ao novo Presidente e à sua eficaz equipa de colaboradores diretos.
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