A comunicação social e uma parte dos comentadores políticos não cessam de se pronunciar, mais ou menos inventivamente, sobre as Presidenciais que acontecerão em janeiro de 2026. A crer na sua pressa inaudita e na especulação em que são mestres, o quadro “começa a ficar desenhado”: Centeno à esquerda, Marques Mendes à direita e Gouveia e Melo numa posição dita transversal e contando com o apoio do “Chega”.
Juraria que as coisas ocorrerão de todo um outro modo, ainda que não exclua alguma das referidas candidaturas como possível; sobretudo a do pequeno comentador da SIC que tanto se tem vindo a esforçar desde há anos com tal fito, quase levando a que se diga que até merecia ser premiado face ao indómito denodo que tem demonstrado. Mas será que nem Passos nem Guterres, nem os dois, se deixarão tentar pela hipótese? E Carlos César abdicará do seu estatuto de socialista-chefe? E Augusto Santos Silva renunciará ao caminho que para si desenhou e cujo guião, necessariamente adaptado, continua a procurar seguir? E Paulo Portas ficar-se-á por um silêncio conformado? E Durão Barroso não ensaiará ainda alguma manobra de aproximação ao partido e de “perdoa-me” aos eleitores? Isto para só falar dos mais óbvios que não necessariamente dos melhores ou mais prováveis.
Uma procissão que ainda vai no adro mas com tantos a já quererem carregar o andor e com alguns a estranhamente empurrarem, objetivamente, a candidatura do “marinheiro” para uma navegação em direção a mares algo arriscados em termos democráticos. Muita água vai correr ainda debaixo da ponte, volto a afirmar com significativo grau de wishful thinking...
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