Os jornais do dia, nacionais e europeus, fazem manchetes com a anunciada decisão da Comissão Europeia de intervir no mercado de habitação dos países parceiros. Temo tratar-se de uma nova manifestação de uma pecha que carateriza a União e que, pesem embora as boas intenções frequentemente subjacentes, ajuda a explicar alguns dos seus estrangulamentos funcionais: diagnósticos apressados e generalistas, comissários a quererem mostrar serviço, alimentação de expectativas e incentivação de respostas desviantes por parte dos agentes económicos do setor, pacotes de apoio traduzidos em mais dinheiro atirado para cima dos problemas e geradores de burocracia e demoras, regras e tratamentos iguais aplicados ao que é diferente, interferência grosseira e perturbadora nas especificidades dos diversos países e nas atribuições das respetivas autoridades, aquecimento eventualmente inadequado de um mercado complexo e carente de diferentes abordagens. Admito o lado de desabafo que predomina no principal foco deste post mas há um cansaço que me invade no tocante ao business as usual que marca a clássica e largamente improcedente atuação da União e apenas pretendo aqui exprimir o meu desejo de que não estejamos, uma vez mais, a contribuir para estragar ao invés de ajudar a concertar.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2025
SABERÁ A COMISSÃO EUROPEIA O QUE ESTÁ A FAZER?
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