Ocorreu há dias no Cazaquistão um evento que vem acrescentar alguma substância simbólica adicional à estratégia de presença internacional da China: a adesão da Índia e do Paquistão à Organização de Cooperação de Xangai (SCO), iniciada em 1996 e criada em 2001 alegadamente com vista a um combate explícito a three evils (extremismo, terrorismo e separatismo) e implícito a um quarto (a influência do Ocidente). A SCO assim alargada conta com oito membros, tem uma larga cobertura mundial (três quintos da massa terrestre euro-asiática, quase metade da humanidade e cerca de 20% do PIB global) e é encarada pelos chineses como uma entidade nuclear para a boa concretização da sua recentemente lançada iniciativa “One Belt, One Road” que visa promover uma agenda estratégica e geoeconómica em torno de uma vasta e densa rede infraestrutural (ferroviária, rodoviária e marítima) ao longo de mais de 60 países (uma espécie de “Rota da Seda” moderna). Um assunto a revisitar.
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