(Nicolas Vadot, http://www.levif.be)
Macron está a caminho de “transformar o ensaio”, um ensaio que há meses ninguém ousaria admitir transformável e, muito menos, por tão larga margem – o “Libération” titula a amplitude da coisa eleitoral de ontem como correspondendo a uma verdadeira OPA (hostil?, interrogo-me). O reverso da medalha está no nível de abstenção (o maior desde o final dos anos 50 do século passado, indiciando uma incerta mobilização em torno do novo presidente) e na débâcle do PS (que não chega aos 10% juntamente com acólitos, indiciando uma preocupante perda dos partidos democráticos tradicionais – recordemos, um pouco mais abaixo, onde estávamos em 2012!). Tudo isto a confirmar na próxima quinzena, após a qual se poderá (?) começar a abrir com alguma seriedade uma nova fase da vida da Europa – sob a égide de um novo casal franco-alemão (novo só do lado masculino porque a dama permanece a adaptativa Angela Merkel, agora a braços com Emmanuel como antes com François e antes mais com Nicolas) e contando com a ajuda de Trump, como há tempos também sugeria o “Libé”. Irá Macron estar à altura do que se veio propor?
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