(Gosto da prosa
direta de Pedro Santos Guerreiro, na sua crónica semanal do Expresso; fala claro
e não desdenha a agressividade de opinião; e é desse tipo de opinião que precisamos a propósito dos nomes escolhidos
para a administração da TAP …)
Como sabem, sou dos que penso que a solução de continuidade da TAP em torno
da chamada “companhia de bandeira” (de que bandeira, podemos perguntar
atendendo à composição do capital da transportadora aérea) mais tarde ou mais
cedo vai dar problemas. Estou para ver se a solução é estável, quando alguma turbulência
(no negócio aéreo são mais prováveis) emergir e for necessário encontrar um
novo padrão de estabilidade.
A prosa de Santos Guerreiro em torno dos nomes escolhidos pelo governo para
administração é direta, sem subterfúgios, cáustica quanto baste. A escolha para
já tem dois nomes em foco. Diogo Lacerda Machado, o amigo de confiança de António
Costa que negociou o dossier foi premiado com a sua nomeação para a administração.
Esperamos que a sua atuação tenha melhores resultados do que o grande buraco da
aquisição da empresa de manutenção brasileira para a TAP, um dos negócios mais
ruinosos em que capital português terá entrado. Para além de DLM, temos o nome
de Ana Pinho, diretamente da administração de Serralves, que de transporte aéreo
deve ter experiência limitada às suas importações do mais apurado paté da Suiça,
certamente realizada por via aérea. Do negócio aéreo certamente a insinuante
gestora saberá pouco, mas isso também não deve interessar para nada. Santos
Guerreiro é mauzinho ao sugerir que a escolha se prende com a proximidade a Rui
Moreira, tentando por essa via adoçar as diatribes do presidente da CM do Porto
para com a transportadora aérea nacional. Esta nova administração da TAP é um verdadeiro
monumento de estratégia. Imagino a salgalhada que está a desenhar-se no
horizonte.
Ponto final: eu próprio que já elogiei aqui neste espaço a minha primeira
experiência de ponte aérea Lisboa-Porto tenho ensaiado novas experiências mas
os preços que me têm saído na rifa são quase de viagem intercontinental. Por
esse andar não me apanharão mais na referida ponte. Continuo a não perceber a política
de preços para uma ponte aérea.
P.S. A minha atividade no blogue vai ser esta semana provavelmente menos
regular. Uns curtos dias de férias para desanuviar explicarão essa baixa de
atividade.
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