domingo, 11 de junho de 2017

PEDRO, GUERREIRO, O IMPLACÁVEL




(Gosto da prosa direta de Pedro Santos Guerreiro, na sua crónica semanal do Expresso; fala claro e não desdenha a agressividade de opinião; e é desse tipo de opinião que precisamos a propósito dos nomes escolhidos para a administração da TAP …)

Como sabem, sou dos que penso que a solução de continuidade da TAP em torno da chamada “companhia de bandeira” (de que bandeira, podemos perguntar atendendo à composição do capital da transportadora aérea) mais tarde ou mais cedo vai dar problemas. Estou para ver se a solução é estável, quando alguma turbulência (no negócio aéreo são mais prováveis) emergir e for necessário encontrar um novo padrão de estabilidade.

A prosa de Santos Guerreiro em torno dos nomes escolhidos pelo governo para administração é direta, sem subterfúgios, cáustica quanto baste. A escolha para já tem dois nomes em foco. Diogo Lacerda Machado, o amigo de confiança de António Costa que negociou o dossier foi premiado com a sua nomeação para a administração. Esperamos que a sua atuação tenha melhores resultados do que o grande buraco da aquisição da empresa de manutenção brasileira para a TAP, um dos negócios mais ruinosos em que capital português terá entrado. Para além de DLM, temos o nome de Ana Pinho, diretamente da administração de Serralves, que de transporte aéreo deve ter experiência limitada às suas importações do mais apurado paté da Suiça, certamente realizada por via aérea. Do negócio aéreo certamente a insinuante gestora saberá pouco, mas isso também não deve interessar para nada. Santos Guerreiro é mauzinho ao sugerir que a escolha se prende com a proximidade a Rui Moreira, tentando por essa via adoçar as diatribes do presidente da CM do Porto para com a transportadora aérea nacional. Esta nova administração da TAP é um verdadeiro monumento de estratégia. Imagino a salgalhada que está a desenhar-se no horizonte.

Ponto final: eu próprio que já elogiei aqui neste espaço a minha primeira experiência de ponte aérea Lisboa-Porto tenho ensaiado novas experiências mas os preços que me têm saído na rifa são quase de viagem intercontinental. Por esse andar não me apanharão mais na referida ponte. Continuo a não perceber a política de preços para uma ponte aérea.

P.S. A minha atividade no blogue vai ser esta semana provavelmente menos regular. Uns curtos dias de férias para desanuviar explicarão essa baixa de atividade.

Sem comentários:

Enviar um comentário