quinta-feira, 8 de junho de 2017

O BREXIT ELEITORAL

(The Economist)


(São 20 horas e as mesas de votos continuam abertas no Reino Unido. As sondagens de última hora dão resultados para todos os gostos, que tanto podem dar reforço da maioria ou colapso da mesma para os Tories; apesar do ressurgimento de última hora de Corbyn, parece-me que o Economist tem razão quando afirma que o Reino Unido mereceria melhor…)

O ressurgimento de Jeremy Corbyn foi real e chegou a causar algum frisson, melhorando significativamente a chama da sua liderança, com um discurso firme, não fugindo ao debate e aparentemente rejuvenescendo o voto no Labour. Talvez não dê para condicionar fortemente a ação de Theresa May. Quando se equaciona que reduzir ainda que ligeiramente a maioria conservadora representará para Corbyn uma vitória, dá a impressão que os Trabalhistas estão a jogar para negativos, minimizando danos.

Por isso, talvez a reflexão de maior alcance seja a do Economist quando conclui que “ganhe quem ganhar as eleições, Britain irá para o combate em Bruxelas com uma das equipas mais débeis que colocou no terreno em décadas”. A visão da revista sobre as três lideranças, Conservadora, Trabalhista e dos Liberais Democratas é arrasadora, evidenciando como o campo e a massa de recrutamento das lideranças políticas se estão a degradar a um ritmo impressionante: “Nos últimos 30 anos, a política tornou-se numa profissão. Os tribunos do povo de ontem ou pelo menos as pessoas que lideravam os interesses dos grupos, foram substituídos por profissionais que fazem a sua vida fora da política. O problema é que a política não é uma profissão muito atrativa(link).

Não é necessária grande reflexão para compreender que esse problema também o conhecemos, para mal da nossa representação política.

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