(The Economist)
(São 20 horas e
as mesas de votos continuam abertas no Reino Unido. As sondagens de última hora
dão resultados para todos os gostos, que tanto podem dar reforço da maioria ou
colapso da mesma para os Tories; apesar do ressurgimento de última hora de Corbyn, parece-me que o
Economist tem razão quando afirma que o Reino Unido mereceria melhor…)
O ressurgimento de Jeremy Corbyn foi real e chegou a causar algum frisson,
melhorando significativamente a chama da sua liderança, com um discurso firme,
não fugindo ao debate e aparentemente rejuvenescendo o voto no Labour. Talvez não
dê para condicionar fortemente a ação de Theresa May. Quando se equaciona que
reduzir ainda que ligeiramente a maioria conservadora representará para Corbyn uma
vitória, dá a impressão que os Trabalhistas estão a jogar para negativos,
minimizando danos.
Por isso, talvez a reflexão de maior alcance seja a do Economist quando conclui
que “ganhe
quem ganhar as eleições, Britain irá para o combate em Bruxelas com uma das
equipas mais débeis que colocou no terreno em décadas”. A visão da
revista sobre as três lideranças, Conservadora, Trabalhista e dos Liberais
Democratas é arrasadora, evidenciando como o campo e a massa de recrutamento das
lideranças políticas se estão a degradar a um ritmo impressionante: “Nos últimos 30
anos, a política tornou-se numa profissão. Os tribunos do povo de ontem ou pelo
menos as pessoas que lideravam os interesses dos grupos, foram substituídos por
profissionais que fazem a sua vida fora da política. O problema é que a política
não é uma profissão muito atrativa”(link).
Não é necessária grande reflexão para compreender que esse problema também o
conhecemos, para mal da nossa representação política.
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