(Agustin Sciammarella, http://elpais.com)
O infeliz acidente cardíaco que afetou Iker Casillas foi isso mesmo: uma lamentável, imerecida e improvável ocorrência. À qual logo se seguiu, porque um mal nunca vem só, a necessidade de uma melindrosa intervenção cirúrgica de urgência à sua mulher, a bela e simpática Sara Carbonero. Passado o pior e, depois, o período de adaptação ao choque, foi ficando claro para todos que a carreira de Iker nas balizas estava condenada em definitivo. Entretanto, e enquanto a época se prepara e ele não anuncia o óbvio, soube-se que o presidente do FC Porto já acertou com ele uma forma de o manter ligado ao clube, em funções junto da SAD ainda não totalmente esclarecidas. Ao mesmo tempo, começou também a circular a ideia de um atrativo remake da história de amor entre um veterano guardião de classe mundial e uma cidade e o seu principal símbolo desportivo – o protagonista seria, desta vez, o italiano Gianluigi Buffon, três anos mais velho do que Casillas. Aqui estava uma hipótese de enorme encanto, que terá possivelmente alimentado os melhores sonhos de alguns responsáveis e, até, do próprio Casillas, numa espécie de compreensível jogo de espelhos. Só que a realidade da vida e de um desporto-rei altamente exigente em termos profissionais não se compadece com tais romantismos e a contratação de Buffon acabará por não passar de uma especulação com fundamento mas sem sentido. Mas, e por uma vez, daqui quero fazer eco dessa hipótese tão cheia de glamour quanto arriscada e irrealista. Especialmente numa altura em que espero ansiosamente pelas contratações com que Sérgio Conceição irá contar para refazer uma equipa que acabou dizimada às mãos dos milhões de um mercado implacável e de várias decisões (ou ausência delas) que os adeptos não entendem e de que ninguém se ocupa em, transparente e responsavelmente, tentar esclarecer.
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