O jornal “i” chamou ontem a capa uma despedida a oito dos deputados que, por razões diversas, vão abandonar a Assembleia da República na próxima legislatura. Trata-se de uma matéria sobre a qual não possuo informações privilegiadas, pelo que me limito a um mero impressionismo pessoal ao dizer que vejo em Fernando Rocha Andrade (PS) e Pedro Soares (BE) as duas baixas mais salientes em termos de contributo para o trabalho parlamentar. Caldeira Cabral esteve de passagem e sem dar sinal de si, Pedro Mota Soares foi ativo e empenhado embora ineficaz, Teresa Caeiro nunca passou de uma bem-intencionada de escassa utilidade efetiva, Paula Teixeira da Cruz sempre quis ser uma outsider e um elefante em loja de porcelana mas sai por más razões, Manuel Frexes teve momentos e Renato Sampaio foi um hábil e discreto jogador de bastidores ao serviço de causas muito precisas e localistas. A concluir: não conheço bem Pedro Soares e, pela entrevista que concedeu ao “Público”, percebe-se ainda mal o que o levou realmente a afastar-se das lides; até poderá ter sido por “razões políticas” em que me não reveja, mas os esparsos momentos de contacto que tive com ele contribuíram para que ficasse admirador do seu apego aos valores, da sua competência e da sua combatividade – deputados destes fazem falta, qualquer que seja o espetro partidário em que se filiem.
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