segunda-feira, 24 de junho de 2019

VOLTANDO A MEC



Não vou regressar ao já aqui abordado a propósito de Miguel Esteves Cardoso (MEC) num post de 12 de maio. Regresso ao dito apenas porque a sua enorme entrevista ao “Público” – como é que este jovem razoavelmente desinformado consegue ter tanto e tão bom espaço mediático? – me trouxe o ressoar de duas velhas ideias: a de que não há gente perfeita e a de que a maioria dos seres frequentemente tem, na sua imperfeição, algo de curioso ou interessante a comunicar aos outros. É o por demais demonstrado caso de MEC, um ser quase ridiculamente assumido (“sou extremamente inteligente, tenho um grande sentido de humor e escrevo muito bem”) mas igualmente um ser capaz de, nos interstícios do seu autocomprazimento, deixar a quem o leia alguma matéria de reflexão e alguns elementos suscetíveis de contribuírem para uma leitura enriquecida quanto ao nosso desígnio individual e coletivo e quanto a podres menos expostos de muitos intocáveis.

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